Investigações da Polícia Civil sobre um suposto abuso sexual contra uma criança de quatro anos dentro de um condomínio em Valparaíso (GO) no domingo (19) concluíram que ela não sofreu violência sexual e sim maus tratos, crime previsto pelo Código Penal com pena de dois meses a um ano de detenção.
Em entrevista ao R7, o delegado Dayvisson Gehrard disse que concluiu o inquérito que indica que a irmã mais velha da menina, de 19 anos, quis aplicar um castigo na irmã mais nova e pediu ao namorado que a amarrasse e a colocasse “num lugar escuro”. A atitude de ambos, de acordo com a polícia, configura crime de maus tratos.
Quando seguia as ordens da namorada na casa de máquinas do edifício, o rapaz foi flagrado por moradores que acreditavam que a menina poderia ter sofrido abuso sexual e levaram o caso à polícia. Os moradores chegaram ao local após ouvir gritos de socorro.
Quando seguia as ordens da namorada na casa de máquinas do edifício, o rapaz foi flagrado por moradores que acreditavam que a menina poderia ter sofrido abuso sexual e levaram o caso à polícia. Os moradores chegaram ao local após ouvir gritos de socorro.
— No caso da irmã e do namorado dela [que serão indiciados por maus tratos], se o Ministério Público oferecer denúncia ao Juiz, ele pode mudar a pena para o pagamento de cestas básicas pois o caso sugere pena restritiva de direito e não pena privativa de liberdade. Coube a Polícia Civil, ao apurar o caso rapidamente, garantir tranquilidade aos condôminos já que o caso ganhou repercussão entre os moradores.
O delegado também confirmou a informação apurada pelo R7 que o namorado da irmã teve o carro depredado por outros moradores que o acusam de molestar a menina. Nas redes sociais, a mãe da menina postou um vídeo negando o abuso e disse que tudo não passou “de uma brincadeira de mau gosto”. A reportagem do R7 ouviu a mãe da garota. Ela disse que não houve maus tratos nem agressão sexual e que as imagens comprovam a inexistência do abuso. Segundo ela, do momento em que o rapaz chega ao local e a hora em que a garota foi encontrada por moradores transcorrem menos de dez segundos, tempo insuficiente para o abuso ocorrer se essa tivesse sido a intenção do namorado da filha.
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A conselheira Marilene Silva de Almeida, do CMDCA, Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente de Valparaíso, disse ao R7 que irá denunciar o caso ao Conselho Tutelar para que tudo seja também apurado pelo órgão.
No domingo (19) à noite, moradores do condomínio denunciaram o suposto abuso a partir de gritos de socorro ouvidos por outra criança que passava nas imediações da casa de máquinas. Ao chegar ao local onde ela estava, a menina foi fotografada amarrada com fitas pretas e suja de graxa. Como o rapaz que estava com ela deixou o local, os moradores concluíram que ele teria tentado abusar da menina. Segundo a polícia, entretanto, a violência sexual está descartada de acordo com as investigações.